O Design não funciona apenas quando é útil pragmaticamente, mas também quando emociona involuntariamente. Ao vincular o Design à massificação industrial, o desvinculamos da essência humana, criando uma lacuna entre o usuário e o produto ou serviço.
Afinal, quando foi que perdemos essa humanidade?
A abordagem funcionalista, crucial para atender às necessidades práticas que ocorreram durante a Revolução Industrial, levou a uma padronização que relegou as emoções a segundo plano. Nesse período, a arte se distanciou do Design, gerando a falsa dicotomia entre os dois. O Design, enredado na armadilha da ideia distorcida sobre o minimalismo, se afastou do cerne humano: as emoções.
A sociedade moderna, buscando reconexão com a natureza e consigo mesma, desafia o paradigma estabelecido. A busca pelo autoconhecimento, o engajamento em causas sociais, a relação com animais de estimação e plantas evidenciam uma ânsia por humanização em um mundo cada vez mais comercial e massificado. É nesse contexto que hoje nos embrenhamos na contradição da busca pela humanização, ironicamente, característica essa que deveria ser inerente ao nosso ser.
Acredito que a arte emerge como aliada poderosa na ressignificação do Design. Ao incorporar cores, texturas e elementos emocionais, o Design se humaniza. A funcionalidade em seu modo bruto não é mais suficiente; é preciso despertar sensações, tocar o coração.
O Design tem que funcionar, mas também tem que emocionar, e isso também faz parte do seu objetivo funcional.